Mitos sobre fazer uma Redação: é necessário ler para escrever, e escrever bem?
Por Prof. Antônio Carlos Alves da Silva
Olá, pessoal, sou o
professor Antônio Carlos Alves, de língua portuguesa. Trabalho na área
de concursos há cerca de 10 anos no Centro do RJ. Vamos bater um papinho
sobre escrever, na verdade sobre um dos mitos que ocorrem no discurso e
na cabeça da maior parte dos candidatos e alunos na aula de redação.
Aula de redação, para
concursos ou não, segue quase sempre os mesmos discursos clichês. Aliás,
tem gente que gosta de ouvir sempre os mesmos. Pois é. Lamento dizer,
mas aqui não falarei deles, muito menos tenho uma visão positiva sobre
eles. Mas por que tenho uma visão oposta? Porque eles, em geral, mais
atrapalham do que ajudam a quem quer escrever. Por exemplo, um dos
clássicos clichês que ouvimos em tais aulas de redação é o de que “para
escrever bem é preciso ler” (às vezes, “ler muito”, dizem os professores
para a gente). Tá legal, até pode ser isso. Mas a coisa não é bem
assim.
Na verdade, ler não é
atividade necessária para quem quer escrever. Ela até pode ajudar, mas
não é efetivamente necessária. Colocar a leitura como imprescindível
para a escrita já de antemão abre um pressuposto de caráter excludente
em termos sociais: porque isso condena(rá) aqueles que não têm acesso às
fontes de leitura à impossibilidade de virarem, quem sabe, inclusive,
escritores, ou simplesmente pessoas afeitas ao hábito cotidiano da
escrita. Isso também gera a falsa ideia de que somos incapazes de
articularmos pensamentos e, com isso, argumentos satisfatórios se não
conhecermos, antes, tudo, ou, pelos menos, muita coisa do que já foi
dito acerca de um determinado assunto ou tema.
Ora, dizer que a atividade da escrita é subserviente direta da
atividade da leitura é já criar uma inversão da história da atividade da
escrita. Isso é falso porque, se se olhar para a história do mundo e do
conhecimento a partir da cultura letrada, teremos que rever o
surgimento da própria escrita. Gente, olha só: a escrita surgiu depois
da fala e não há nenhuma novidade nisso. A escrita, estimam, possui
cerca de 10.000 anos só. Ela está novinha, novinha! E essa observação
ainda serve para colocar em cena o seguinte fato: um dia não existiram
livros no mundo, tão pouco os alfabetos, muito menos na forma com que os
conhecemos hoje em dia. E, eis que, sem livros e sem alfabeto, um dia o
homem escreveu, e aí produziu boa parte do conhecimento que fundamenta a
nossa ciência, a nossa filosofia, além de nossas fofocas e outros
entulhos verbais letrados....rsrs.
Lembrado isso, os professores e a tradição do ensino de língua
portuguesa que sustentam que “é preciso ler para escrever e escrever
bem” vacilam. Vacilam sim, porque havemos de nos perguntar nessa hora
simplesmente o seguinte: como é que, um dia, antes do primeiro texto ser
escrito alguém conseguiu escrever. Isso não podia ter acontecido,
concorda?! Não podia porque o cara não tinha o que ler antes! Na
prática, temos que perguntar: como a Bíblia foi escrita se não tinha o
que ser lido antes? Como Platão escreveu seu sistema filosófico se não
existia o que ler antes? Como Pitágoras inventou o seu sistema
matemático-filosófico se nada existiu antes? Nem falado nem escrito!!!!
Ora, veja o quão insuficiente é tal argumento e tal apelo que ocorrem,
aliás, com razoável frequência, ainda hoje, nas aulas de redação.
Requisitar a leitura para fundamentar a escrita exclui também o aluno
que quer escrever, acha a escrita interessante, sente gosto pela
escrita... Mas não dispõe de recursos materiais para ler, não possui
bibliotecas por perto, não possui dinheiro para comprar jornais e
revistas, principalmente relacionados às mais renomadas publicações do
país, segundo um pré-julgamento, eleito pela nossa elite tida como mais
aculturada. E, se tal recado exclui, põe barreiras, lamento dizer: não
ajuda a ninguém. O professor, ele mesmo, coloca uma faca na sua frente
para ficar socando, fica enxugando gelo e coisas do gênero.
Além disso, vale lembrar de olhar à nossa volta para observarmos que
alguns ou muitos dos nossos amigos são assíduos leitores, mas péssimos
redatores, ou mesmo locutores. Comunicam-se mal tanto na fala quanto na
escrita. Às vezes, até há uma sincronia entre aqueles que leem muito e
que escrevem bem...Claro, uma hora dá certo, uma hora as coisas se
encaixam! Mas, a propósito, isso não é a regra. Canso de encontrar gente
em sala de aula, principalmente em concursos de nível superior, que já
fez obviamente os seus cursos universitários, escreveram monografias,
dissertações, teses, resenhas mil, leram p’ra burro um catatal de textos
em suas devidas áreas e se mostram cheias de medos e receios de
escrever um texto quantitativamente mínimo de 30 linhas, haja visto que
essa é média de linhas a serem caligrafadas numa redação. Algumas muitas
delas apresentam inclusive os chamados “defeitos”, “erros”, tanto no
que tange à forma (gramática) quanto ao conteúdo (a coerência entre os
argumentos utilizados). Mais uma vez devemos perceber com essa lembrança
que essas pessoas leram e muitas delas leram muito e deveriam,
portanto, segundo o insistente mito, escrever bem, ou pelo menos de
maneira minimamente satisfatória. E não é assim o que acontece, na
prática, em sala de aula.
Tudo isso que falo aqui não é novidade a essa altura do campeonato,
ou seja, não estou a fazer um comentário sozinho. Pesquisadores que
tratam de observar o tema já começaram a notar isso e a fazer pesquisas e
registros afirmando o mesmo que digo aqui: que a leitura não é
efetivamente necessário para quem escreve. A pesquisadora Maria Teresa
Gonçalves Pereira, da UERJ, no texto intitulado “LER X ESCREVER: MITOS E
VERDADES”, diz o seguinte sobre o tema: “A leitura como facilitadora da
(boa) escrita difunde-se como crença nos bancos escolares em todos os
níveis. Tal assertiva ganhará verdade e consistência se houver uma
estratégia para o seu aproveitamento, sem impor valores ou atitudes.
Apenas o ato de ler, trivialmente falando, não traz conseqüências
imediatas para o ato de ‘escrever bem’, como é voz geral (grifo meu). A
leitura que rende frutos no momento de elaboração de um texto tem de
voltar-se para a abordagem do texto, considerando os recursos
lingüísticos que lhe dão sustentação (funcional e estética), assim como a
atitude diante do fenômeno da linguagem em sua concepção plena.”(1).
Veja que não é mais consensual dizer que a leitura gera uma boa escrita.
E não é um mero mortal quem está aqui a falar sozinho, como se pode
observar. Essa posição já está começando, ainda que amiudadamente, a se
instaurar na cabeça de alguns professores de português, que não se
articulam encima do argumento da prioridade da leitura para o sucesso na
escrita.
Bom, enfim, o que obviamente dá vontade de perguntar a essa altura do
campeonato é: o que proporciona uma boa escrita, uma boa produção
textual? A resposta não tem muito segredo, nem novidade: o que
proporciona uma boa escrita é a prática. Escrever é como nadar. Aliás,
sempre comparo escrever com nadar, sobretudo quando converso com os meus
alunos sobre a tal da necessidade da leitura para gerar uma boa
escrita, assunto que sempre vem à tona no discurso deles. Compare a
leitura (os livros) com os professores de natação. E compare a escrita
com o nadar. Repare que você, ou alguém, pode ter tido aulas
fantásticas de natação com os melhores nadadores do mundo, não pode?
Sim! Mas, se não entrar na piscina nunca, terá adiantado alguma coisa?
Certamente não, nadica de nada. Pois é?! Escrever se aprende escrevendo,
tal como nadar se aprende nadando. Dá trabalho? Claro que dá, tal como
aprender a nadar também dá. E no começo? Nos primeiros textos? Bebe-se
muita água, tem gente que quase se afoga? Sim, claro. E a mesma coisa
vale para a prática da escrita. Quanto menos treino, quanto mais tempo
longe da piscina das palavras e das frases e dos parágrafos você está,
maior é o desconforto na hora de nadar compondo o seu texto. É apenas
isso o que acontece.
Mas eu sei que você quer perguntar como é que se escreve bem sem ler
muito? Aí já é assunto para um outro texto. Mas vou deixar uma dica.
Escreva e se leia. Ou melhor: tente treinar a produção do texto
aprendendo a se ler exatamente no momento em que você está escrevendo.
Isso é um começo e dos mais importantes. Pois repare: se você já é um
leitor assíduo, você o é dos outros autores, e nem sequer tem o
compromisso de corrigi-los. Aliás, você nem acha que seria preciso, não
é? Em geral você acha que o texto do tal fulano está certinho, tudo nos
trinques, não é assim? Sei que é... Pois é, o que você precisa agora é
treinar a ler um outro autor: você mesmo. Isso mesmo! Você deve aprender
a se ler tanto na hora em que está lá concentrado escrevendo o texto,
como depois. No começo é um exercício chatinho. Não temos a prática
ainda. Mas, com o tempo, ela vai surgindo. E por que eu sugiro isso?
Porque é assim que funciona. Ora, o que é um professor? É o cara que lê o
seu texto, não é? Então, seja você o primeiro leitor dele, já a partir
do momento em que você o redige.
A questão aqui, na verdade, ainda é outra: é que a gente acha que
escrever não tem nada a ver com ler, e que ler não tem nada a ver com
escrever. Mas saiba que ler é escrever e principalmente na redação
escrever é se ler. É só isso. Uma coisa implica outra. Nunca estão
separadas. Mas você vai me dizer que raramente nos avisaram disso. Eu
sei, não avisaram... Aprendi isso sozinho e depois de burro-velho.
Espero ter avisado a tempo, antes de você ter que aprender e descobrir
sozinho...Pois sozinho dói, né? É chato e sem graça. Sei como é. Mas é
isso. Enfim, escrever bem vem com o treino, que é o mesmo que vir com o
tempo....Se você tiver atenção sobre seu próprio texto, você encurta
esse tempo de aprendizagem... Comece então o treino lendo tanto a forma
quanto o conteúdo do que você escreve. Esse é o começo. Esse é o
caminho.
Bom, pessoal, a gente vai
ficando por aqui dessa vez. É claro que esse tema dá pano pra manga, é
longo e cheio de idas e vindas. Mas depois a gente se fala mais. Por
ora, sigam firmes e na luta.
E grande abraços todos, Prof. Antônio Carlos Alves.
(1)Extraído de http://www.filologia.org.br/revista/37/06.htm (acesso em 13/10/2012).
O Direito Revisto - Fev/13
http://www.projetomanhattan.com.br/artigo/12/mitos-sobre-fazer-uma-redacao-e-necessario-ler-para-escrever-e-escrever-bem
Diagnóstico: Português da Fundação Carlos Chagas
Por Prof. Antônio Carlos Alves da Silva
Olá, pessoal, sou o professor Antônio Carlos Alves. Leciono Língua Portuguesa e afins para concursos públicos no Centro do RJ. Estou chegando agora por aqui e vamos ter uma longa convivência pela frente juntos aqui no Manhattan.
Espero que vocês estejam bem e na luta aí dos seus estudos...mas vamos lá para algumas considerações acerca da modelagem da prova de português da FCC nos últimos anos e que tendem a continuar sendo apresentada ainda. Vejamos.
A Interpretação de Textos: esse item é certo na prova de português da Fundação Carlos Chagas. Ocupa logo as primeiras perguntas e costuma também ocupar de 20 a 30% da prova. As questões normalmente tendem a requisitar uma visão geral, um entendimento global do texto sem apelar para olhares muito específicos, muito sutis do processo leitura. Uma leitura concentrada e atenta é, em geral, suficiente para dar cabo do que é pergunta.
Mas chamo aqui a atenção para um detalhe: em provas de nível médio, é frequente um tipo de questão quase que voltada para o conhecimento vocabular de um termo dentro de um trecho particular do texto. É um tipo de questão um tanto quanto cruel com o candidato, já que joga com o conhecimento enciclopédico do candidato em nível por vezes acima da média. É quase uma questão de sorte para muitos, já que costumamos possuir um vocabulário cotidiano normal, mediano.
A Gramática: os assuntos que são costumeiros na prova da Fundação Carlos Chagas giram em torno da parte de Sintaxe, isto é, análise sintática do período simples (vozes verbais), período composto (orações e conectores (conjunções e pronomes relativos)), regência, crase, uso de pronomes, colocação pronominal, concordâncias. Mas vale lembrar que esses assuntos estão intimamente atrelados uns aos outros e a conhecimentos gramaticais consideravelmente sumários a respeito das classes gramaticais, no que diz respeito ao funcionamento delas dentro de uma frase, ou sequência de frase.
Além disso, costuma aparecer uma questão de ortografia, uma de verbos (flexão e grafia), uma de correlação de tempos verbais, assunto ingrato de estudar, haja vista que as gramáticas não veiculam informações fartas e claras a respeito das possibilidades de correspondência entre os tempos verbais. O que elas mostram, em geral, se limita a períodos com duas orações apenas. Mas, em prova, as mais das vezes, há períodos de três ou quatro orações. Então, o candidato tem que ficar esperto no todo do período, no seu conteúdo, na informação que está sendo veiculada no seu todo, para ter como apreciar a adequação ou inadequação dos tempos verbais dentro do texto, naquele período ou fragmento. Acentuação é um assunto que aparece também, mas não possui uma regularidade tão grande como os itens delimitados acima.
A respeito da ortografia, uma consideração importante: muitos candidatos ficam preocupados com a cobrança da nova ortografia, mas ela é bem mais simples do que a antiga, sobretudo, no que tange ao uso do hífen. Então, esta, a antiga, ainda deve ser estudada tanto ou mais que a nova. E a propósito: as duas regras estão valendo desde janeiro de 2009. O período de vigência, de convivência das duas regras, termina no fim de dezembro de 2012. E isso é determinado por lei, por decreto. Ou seja: não precisa vir discriminado no edital qual ortografia será cobrada. A lei, o decreto, está acima de qualquer edital e vocês sabem disso, ok?
Bom, é isso aí gente. Espero ter dado uma orientação satisfatória para quem está começando agora a estudar e conseguido orientar a quem ainda não tinha se entendido com a banca FCC e a matéria de Português.
Abração a todos e bons estudos, Prof. Dr. Antônio Carlos Alves
O Direito Revisto - Mar/13
http://www.projetomanhattan.com.br/artigo/11/diagnostico-portugues-da-fundacao-carlos-chagas
Dica do Direito Revisto!!!
Por Pequenas Dicas de Português
Publicado originalmente em:
Pequenas dicas de Português
Dica do Direito Revisto!!!
Por Pequenas Dicas de Português
Estranhezas do Acordo Ortográfico Fonte: Pequenas dicas de Português
Dica do Direito Revisto!!!
Por Profa. Fernanda Braga
Diagnóstico: Português da Fundação Carlos Chagas
Por Prof. Antônio Carlos Alves da Silva
Olá, pessoal, sou o professor Antônio Carlos Alves. Leciono Língua Portuguesa e afins para concursos públicos no Centro do RJ. Estou chegando agora por aqui e vamos ter uma longa convivência pela frente juntos aqui no Manhattan.
Espero que vocês estejam bem e na luta aí dos seus estudos...mas vamos lá para algumas considerações acerca da modelagem da prova de português da FCC nos últimos anos e que tendem a continuar sendo apresentada ainda. Vejamos.
A Interpretação de Textos: esse item é certo na prova de português da Fundação Carlos Chagas. Ocupa logo as primeiras perguntas e costuma também ocupar de 20 a 30% da prova. As questões normalmente tendem a requisitar uma visão geral, um entendimento global do texto sem apelar para olhares muito específicos, muito sutis do processo leitura. Uma leitura concentrada e atenta é, em geral, suficiente para dar cabo do que é pergunta.
Mas chamo aqui a atenção para um detalhe: em provas de nível médio, é frequente um tipo de questão quase que voltada para o conhecimento vocabular de um termo dentro de um trecho particular do texto. É um tipo de questão um tanto quanto cruel com o candidato, já que joga com o conhecimento enciclopédico do candidato em nível por vezes acima da média. É quase uma questão de sorte para muitos, já que costumamos possuir um vocabulário cotidiano normal, mediano.
A Gramática: os assuntos que são costumeiros na prova da Fundação Carlos Chagas giram em torno da parte de Sintaxe, isto é, análise sintática do período simples (vozes verbais), período composto (orações e conectores (conjunções e pronomes relativos)), regência, crase, uso de pronomes, colocação pronominal, concordâncias. Mas vale lembrar que esses assuntos estão intimamente atrelados uns aos outros e a conhecimentos gramaticais consideravelmente sumários a respeito das classes gramaticais, no que diz respeito ao funcionamento delas dentro de uma frase, ou sequência de frase.
Além disso, costuma aparecer uma questão de ortografia, uma de verbos (flexão e grafia), uma de correlação de tempos verbais, assunto ingrato de estudar, haja vista que as gramáticas não veiculam informações fartas e claras a respeito das possibilidades de correspondência entre os tempos verbais. O que elas mostram, em geral, se limita a períodos com duas orações apenas. Mas, em prova, as mais das vezes, há períodos de três ou quatro orações. Então, o candidato tem que ficar esperto no todo do período, no seu conteúdo, na informação que está sendo veiculada no seu todo, para ter como apreciar a adequação ou inadequação dos tempos verbais dentro do texto, naquele período ou fragmento. Acentuação é um assunto que aparece também, mas não possui uma regularidade tão grande como os itens delimitados acima.
A respeito da ortografia, uma consideração importante: muitos candidatos ficam preocupados com a cobrança da nova ortografia, mas ela é bem mais simples do que a antiga, sobretudo, no que tange ao uso do hífen. Então, esta, a antiga, ainda deve ser estudada tanto ou mais que a nova. E a propósito: as duas regras estão valendo desde janeiro de 2009. O período de vigência, de convivência das duas regras, termina no fim de dezembro de 2012. E isso é determinado por lei, por decreto. Ou seja: não precisa vir discriminado no edital qual ortografia será cobrada. A lei, o decreto, está acima de qualquer edital e vocês sabem disso, ok?
Bom, é isso aí gente. Espero ter dado uma orientação satisfatória para quem está começando agora a estudar e conseguido orientar a quem ainda não tinha se entendido com a banca FCC e a matéria de Português.
Abração a todos e bons estudos, Prof. Dr. Antônio Carlos Alves
O Direito Revisto - Mar/13
http://www.projetomanhattan.com.br/artigo/11/diagnostico-portugues-da-fundacao-carlos-chagas
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Por Prof. Márcio Wesley
Partícula Apassivadora
Contextualizando-nos ao universo da sintaxe, muito se ouve falar sobre esta expressão: partícula apassivadora. Pode ser que para muitos, sobretudo aqueles que ainda dispõem de um conhecimento mais aprimorado acerca dos fatos que norteiam a língua, tal palavra possa representar um palavrão, dado fato de ela não se conceber assim como tão recorrente no nosso cotidiano linguístico.
No entanto, saiba que conhecê-la um pouco mais, denota, sobretudo, aperfeiçoamento, aprimoramento nas práticas linguísticas das quais fazemos uso, sobretudo em se tratando da modalidade escrita da linguagem.
Cabe-nos, portanto, retomarmos alguns conceitos relacionados às vozes verbais, que nada mais são do que aqueles comportamentais adquiridos pelo verbo, ou seja:
Voz ativa - o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo.
Voz passiva- o sujeito recebe, sofre a ação praticada pelo verbo.
Voz reflexiva- o sujeito é agente e paciente de forma simultânea.
Tornando práticas tais noções, constatemos:
Os alunos realizaram a pesquisa – voz ativa
A pesquisa foi realizada pelos alunos - voz passiva analítica (formada por um verbo auxiliar + um principal expresso numa das formas nominais – particípio).
Realizaram-se a pesquisa – voz passiva sintética
Voltemos nossa atenção para essa última, na qual observamos que o verbo, uma vez se classificando como transitivo direto (realizaram), aparece acompanhado do pronome oblíquo “se”.
Dessa forma, cabe ressaltar que em se tratando da função sintática, esse pronome assume a função de partícula apassivadora.
Contextualizando-nos ao universo da sintaxe, muito se ouve falar sobre esta expressão: partícula apassivadora. Pode ser que para muitos, sobretudo aqueles que ainda dispõem de um conhecimento mais aprimorado acerca dos fatos que norteiam a língua, tal palavra possa representar um palavrão, dado fato de ela não se conceber assim como tão recorrente no nosso cotidiano linguístico.
No entanto, saiba que conhecê-la um pouco mais, denota, sobretudo, aperfeiçoamento, aprimoramento nas práticas linguísticas das quais fazemos uso, sobretudo em se tratando da modalidade escrita da linguagem.
Cabe-nos, portanto, retomarmos alguns conceitos relacionados às vozes verbais, que nada mais são do que aqueles comportamentais adquiridos pelo verbo, ou seja:
Voz ativa - o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo.
Voz passiva- o sujeito recebe, sofre a ação praticada pelo verbo.
Voz reflexiva- o sujeito é agente e paciente de forma simultânea.
Tornando práticas tais noções, constatemos:
Os alunos realizaram a pesquisa – voz ativa
A pesquisa foi realizada pelos alunos - voz passiva analítica (formada por um verbo auxiliar + um principal expresso numa das formas nominais – particípio).
Realizaram-se a pesquisa – voz passiva sintética
Voltemos nossa atenção para essa última, na qual observamos que o verbo, uma vez se classificando como transitivo direto (realizaram), aparece acompanhado do pronome oblíquo “se”.
Dessa forma, cabe ressaltar que em se tratando da função sintática, esse pronome assume a função de partícula apassivadora.
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Dica do Direito Revisto!!!
Por Pequenas Dicas de Português
Publicado originalmente em:
Pequenas dicas de Português
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Dica do Direito Revisto!!!
Por Pequenas Dicas de Português
Estranhezas do Acordo Ortográfico Fonte: Pequenas dicas de Português
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Dica do Direito Revisto!!!
Por Profa. Fernanda Braga
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O Direito Revisto - Mai/13
Publicado originalmente em: Blog Se Joga, Galera!
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