Por Cnj
O Dia do Trabalho, comemorado no Brasil e em várias
partes do mundo em 1º de maio, é uma homenagem a uma greve ocorrida na cidade
de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de milhares de
trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8
horas diárias.
Dias depois, em 4 de maio de 1886, outra
manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e
protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou
conhecido como Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso
Internacional Socialista realizado em Paris adotou como resolução a organização
anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em
favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho.
No ano seguinte, milhões de trabalhadores da
Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos,
Holanda, Grã-Bretanha, Itália e Suíça fizeram valer as decisões do Congresso de
1889. O dia 1º de maio foi marcado por uma greve geral, onde os operários
desfilaram pelas ruas de suas cidades para mostrar apoio à causa trabalhista. O
dia passou a ser chamado de “Dia do Trabalho” e passava a comprovar o poder de
organização dos trabalhadores em âmbito internacional.
Dia do Trabalho no Brasil
A chegada dos imigrantes europeus ao Brasil trouxe
ideias sobre princípios organizacionais e leis trabalhistas, já implantadas da
Europa. Os operários brasileiros começaram a se organizar. Em 1917 aconteceu a
Greve Geral, que parou indústria e comércio brasileiros. A classe operária se
fortalecia e, em 1924, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional pelo
presidente Artur Bernardes.
Mesmo tendo sido declarado feriado no Brasil, até o
início da Era Vargas o 1º de maio era considerado um dia de protestos
operários, marcado por greves e manifestações. A propaganda trabalhista de
Getúlio Vargas habilmente passou a escolher a data para anunciar benefícios aos
trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Desta forma, o dia não
mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado com desfiles e
festas populares, como é até hoje.
O Direito Revisto – Mai/13
Publicado originalmente em: 1 - Cnj
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