Por Rosivaldo Toscano Jr
Para se fazer uma prova de concurso o candidato precisa
observar que se trata de um desafio. E todo desafio, para ser vencido, precisa
de preparo, de treino e, principalmente, estratégia.
É bem verdade que o foco principal deve ser a anterior
aquisição de conhecimentos. É ideal que um candidato que vá a uma prova tenha,
antes, lido e relido os pontos do programa. E nisso precisa observar que:
Para se fazer uma prova de concurso o candidato precisa observar que se trata de um desafio. E todo desafio, para ser vencido, precisa de preparo, de treino e, principalmente, estratégia.
É bem verdade que o foco principal deve ser a anterior aquisição de conhecimentos. É ideal que um candidato que vá a uma prova tenha, antes, lido e relido os pontos do programa. E nisso precisa observar que:
1. Uma prova objetiva exige conhecimentos gerais, e não os específicos acerca de um determinado assunto;
2. Assim, não adianta, num programa com 10 disciplinas, o candidato conhecer com profundidade apenas 4 ou 5 delas;
3. Se a prova tiver 100 questões, ele pode até acertar um percentual considerável nas poucas matérias que sabe, mas será arrasado nas demais. Isso significa REPROVAÇÃO;
4. O melhor é se aprofundar menos e conseguir estudar todo o programa, pois melhorará a possibilidade de acerto em geral;
5. Também cabe acrescentar que as matérias tradicionais são as que possuem questões mais difíceis, pois os elaboradores sabem que os candidato estão mais preparados. Não se engane. Provas são feitas para reprovar, pois o número de candidatos é elevado, notadamente nas provas objetivas (provão). As matérias menos conhecidas são também as em que há menos trabalhos doutrinários, textos legais e jurisprudenciais, porque são pouco usadas e refletidas, argumentadas. Assim, torna-se mais fácil acertar uma questão de medicina legal do que de processo civil, por exemplo;
6. Numa prova objetiva, uma das técnicas utilizadas pelos elaboradores é colocar questões mais difíceis logo no início de cada matéria. Isso cansará o candidato e o conduzirá a erro;
7. Outra técnica é tornar as questões longas, levando o candidato a não terminar de responder conscientemente todas as questões da prova e não atingir a média devido aos chutes.
Assim, numa prova objetiva o candidato deve adotar a seguinte metodologia:
1. Lembrar que tal como numa maratona física o corredor deve se hidratar e ingerir nutrientes e sais minerais para manter o desempenho, uma prova de conhecimentos vai exercitar o cérebro a ponto de cansá-lo. Portanto:
a. Deve levar líquidos (água, suco, ou refrigerante, gelados. Eu colocava Toddynho no congelador na noite anterior e só retirava ao acordar) e glicose (açúcar, alimento para o cérebro – no Toddynho. Boa idéias também chocolate, devido á cafeína, de efeito estimulante);
b. Deve fazer uma ou duas pausas durante a prova, e nesse momento se hidratar e ingerir glicose. Bastam cinco minutos para descansar. O cérebro precisa dessa pausa para repouso. Procure, nesse tempo, esvaziar a mente. Esse descanso vai ser significativo para recuperar o potencial de resolução das questões;
c. Deve levar um relógio que cronometre tempo, para efeito de paradas.
2. Na respostas das questões há uma técnica que melhora em até 17% o índice de acertos. Seu principal objetivo e fazer com que o candidato não se canse com uma questão difícil, que vale o mesmo que uma fácil que, em virtude do candidato ter se estressado, cansado e perdido tempo, deixará de ser marcada acertadamente por falta de tempo ou por cansaço. Eis:
a. Faça uma leitura rápida de toda a prova. Com isso saberá quais matérias estão mais fáceis;
b. Comece a responder pelas matérias mais fáceis;
c. Classifique ao lado de cada questão seu grau de dificuldade: 1 – fácil (sabe qual a resposta correta); 2 – média (tem dúvida sobre a questão correta); 3 – difícil (não tem idéia sobre qual a questão correta);
d. Não perca tempo numa questão difícil. Se ao começar a raciocinar, perceber que não tem condições de responder, marque “3” ao lado e passe para a seguinte;
e. Se uma questão que inicialmente parecia fácil, mas depois se tornou média ou difícil, não se canse, não se estresse, marque “2” ou “3” e passe para a seguinte;
f. Conclua a prova marcando todas as questões de dificuldade “1”;
g. Passe para a resolução das questões de dificuldade “2”. Se inicialmente parecia média, mas depois se tornou difícil, não se canse, não se estresse, marque “3” e passe para a seguinte;
h. Conclua a prova marcando todas as questões de dificuldade “2”;
i. Ficaram as de chute ou de séria dúvida. Olhe para o relógio. Se tiver tempo para tentar mais um pouco raciocinar, faça-o. Se não, leia a questão e marque a alternativa que vier à cabeça. Muitas vezes o conhecimento está no inconsciente. Ele irá ajudá-lo.
Usar ou não esse método é uma decisão sua. Mas lembre que assim como existe uma estratégia para que a prova derrote o candidato, existe a do candidato para “vencer” a prova. O que você fará?
Espero ter sido útil. Bons estudos, boa estratégia. Sucesso.
*Rosivaldo Toscano Jr. é juiz de direito e membro da Associação Juízes para a Democracia - AJD
O Direito Revisto – Nov/13
Publicado originalmente em: Rosivaldo Toscano Jr
Imagem: Reprodução Google
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