Por
Economia IG
Autor de estudo que critica os métodos de seleção de funcionários públicos no País, professor da FGV propõe o fim das provas de múltipla escolha e das taxas de inscrição
Os
concursos públicos no Brasil não foram feitos para escolher os melhores
candidatos. Essa é a opinião do professor de Direito da FGV Rio, Fernando
Fontainha, crítico voraz do sistema que filtra os ocupantes de cargos públicos
no País.
Para o acadêmico, a ideologia concurseira que se
firmou ajuda a alimentar uma "indústria milionária de cursos preparatórios
e um sistema de arrecadação que desvirtuou os processos seletivos".
Boa parte destas críticas está no livro
recém-lançado “Processos Seletivos para a Contratação de Servidores Públicos:
Brasil, o País dos Concursos”, fruto de uma pesquisa do Centro de Justiça e
Sociedade da FGV Direito Rio em parceria com a Universidade Federal Fluminense
(UFF). Na obra, Fontainha propõe criar um marco regulatório para mudar
radicalmente os critérios de seleção de funcionários públicos no Brasil.
O
professor propõe, entre outras ideias, abolir as provas de múltipla escolha e
acabar com as taxas de inscrição. No estudo, aparecem exemplos de provas em 20
órgãos federais, entre eles Banco Central, INSS, Polícia Federal e Receita.
Para selecionar os candidatos com as competências mais adequadas, Fontainha
sugere que a experiência profissional prévia seja requisito básico para
inscrever-se no concurso.
O
Direito Revisto – Set/14
Publicado
originalmente em: Economia IG
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