domingo, 26 de maio de 2013

Como se Concentrar com a Técnica da Fragmentação



Por Prof. Rogerio Neiva

O objetivo deste texto é trabalhar uma estratégia para ter concentração nos estudos, que pode ser bastante útil, principalmente para aqueles com cotam com alguma dificuldade para se concentrar e se sujeitam facilmente à dispersão. Esta estratégia tem como base o conceito de fragmentação.

O tema da concentração nos estudos já foi objeto de abordagem em outros textos aqui do blog. Inclusive com sugestões para melhorá-la, não sendo a intenção do presente texto repetir o que já foi dito antes.

Porém, para compreender a estratégia a ser proposta, precisamos partir do conceito e da dinâmica da concentração. Neste sentido, a concentração consiste numa função cognitiva primaria, que envolve uma lógica de seleção de estímulos, qualquer que seja. (ver “Como se Preparar para Concursos com Alto Rendimento”, Ed. Método).

Assim, se concentrar nos estudos significa ignorar os demais estímulos que não seja o conteúdo que esta sendo estudado, o qual passa a ser valorizado. Por outro lado, quando temos dificuldade para nos concentrar é porque estamos vulneráveis a estímulos que não são o conteúdo a ser estudado, como por exemplo pensamentos e divagações que nos levam para longe.

Dessa maneira, quando temos dificuldade para nos manter a concentração, na realidade, estamos lutando para não perdermos o foco do objeto de conhecimento com o qual estamos tendo contato, ou seja, não nos dispersar. Portanto, a estratégia ora proposta é voltada a evitar a dispersão e, ao mesmo tempo, manter o foco naquilo que esta sendo estudado.

A ideia da fragmentação significa quebrar o tempo com uma atitude associada. Para adotar a estratégia você precisa contar com um timer ou cronometro regressivo (não por acaso o Tuctometro temna versão timer – clique aqui para ver).

A título de exemplificação prática, vamos imaginar que você tem como meta estudar durante 2 horas consecutivas uma determinada matéria, por determinado livro. A depender de como anda e das suas condições de concentração, pode ser que se manter durante duas horas estudando pareça muito. Não só pareça como, de fato, você não consiga se manter efetivamente estudando de forma concentrada, sem se dispersar, durante 2 horas.

Dai você quebra estas duas horas em 6 períodos de 20 minutos. Assim, ao começar a estudar, programa o timer para 20 minutos e, naquele momento, a sua meta é não se dispersar apenas durante aqueles 20 minutos. Concluído o 1o período de 20 minutos, você imediatamente programa novamente o timer para mais 20 minutos e, naquele novo momento, sua meta será se manter concentrado, ou seja, sem mudar o foco, durante apenas e tão somente 20 minutos. E assim por diante.

Este tempo que sugeri, isto é, 20 minutos, pode ser o ideal, mas também pode ser muito ou pouco para você. Se você já esta bem para se manter concentrado, 20 minutos pode ser pouco, de modo que o ideal talvez seja 30, 40 ou 45 minutos. Se você não anda bem, talvez o ideal seja 15 minutos.

Entendeu?

Esta estratégia tem vários fundamentos. Inclusive, a idéia da fragmentação do tempo faz parte de alguns protocolos de tratamento do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Mas uma das bases de fundamentação vem da Andragogia, campo do conhecimento centrado na educação de adultos, diferente da pedagogia, voltada à educação de crianças. E envolve a noção de que a partir do momento em que fragmentamos processos, podemos estabelecer metas memores, enxergar a possibilidade de alcançar pequenos resultados e visualizar como avançamos.

Aliás este tema da fragmentação já foi abordado em outras ocasiões, focada no planejamento de estudos, envolvendo o estabelecimento de metas de curto prazo (clique aqui para ler Gestão de Metas de Curto Prazo). E é uma das bases que da metodologia própria que esta por trás do Sistema Tuctor.

Portanto, se está com dificuldade para se concentrar, procure fragmentar seu tempo e veja se esta proposta lhe ajuda.

O Direito Revisto – Mai/13
Publicado originalmente em: Blog Prof. Rogerio Neiva
Imagem: Google

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