
Fiquei abismado ao ver a notícia. O Brasil é o primeiro colocado em viciados em Crack do Mundo.
Não é exagero meu não, é sim o primeiro, e está sendo no momento divulgado pelo programa da Ana Maria Braga.
Em mil e novecentos e setenta e cinco aproximadamente, em meus livros de história, sempre lia sobre a Guerra do Ópio, onde os Estados Unidos (veladamente) contaminou a Ásia com o tabaco, ópio para melhor dizer, e depois o dominaram.
Basta assim vermos nos livros, pelo menos os mais antigos sobre essa batalha produzida e que amarga a China principalmente, a Coréia do Norte e do Sul, sobre a saúde do pessoal, de sua população, e não só pela saúde bucal ou também estomacal ou melhor, vamos generalizar, a saúde física, mas o mais importante, a saúde mental e psicológica da população.
É quase um descalabro quando vemos filmes, reportagens e documentário sobre esses países e lá encontramos oito entre dez com cigarro na boca, ou comprando ou consumindo.
Mas cigarro ainda é uma droga leve se formos levar em conta o Crack.
Desconheço toda a composição dessa pedra maldita, mas vejo os efeitos que faz em uma cabeça através dos noticiários, através das notícias sensacionalistas e não, e o que vejo é um mundo horrível.
Pessoas totalmente alienadas, sem discernimento, sem qualquer identificação com o mundo, galgando cada vez mais a vontade de saciar-se do vício, ou seja, injetando, ou melhor, fumando mais uma, mais uma, mais uma pedra de Crack.
Essa é a última, como diz o drogado, e não é. Tem sempre a última do dia, a última da semana, do mês.
Antigamente, e isso há uns dez anos atrás, diria eu, mães chorando ao ver se filho drogado, mas hoje não, digo mães fumando com seus filhos, ou melhor dizendo suas coisas, fumando com essas parideiras, as pedras que não construirão um lar, mas que o destruirão com certeza, aquilo que foi construído, talvez com muito sacrifício.
São Pedras da Vergonha, são Pedras do Abismo, que levam a uma pessoa entregar-se ao Deus dará, ou seria a Diabo dará, por seu consumo cotidiano dessa fera do alucinógeno, desse que irá aniquilá-lo senão por um período, quiçá para sempre.
O resultado não precisamos de estatísticas para ver o que está fazendo com os consumidores, assaltos, roubos, furtos, assassinatos, violência doméstica e urbana, e numa proporção muito maior do que nossa capacidade de escrever.
A faixa etária sempre menor, antes era com dezessete anos, depois passou a quinze, depois a onze, e vezes não ouvimos falar em dependentes com nove, oito anos de vida.
Não sei se também poderia chamar de vida uma pessoa que vive vegetativamente, perambulando pela sua rodinha de usuários, sempre nos mesmos lugares, sempre com os mesmos artifícios de conseguir só mais uma vez.
Reconheço que para o Governo parar com esse círculo vicioso é difícil, mas também reconheço que não é impossível. Basta querer, basta ter vontade, vontade política diria.
Somos o primeiro colocado em consumo de Crack, que vergonha manter esse record, vergonha, vergonha, vergonha.
Os princípios são sempre os mesmos, se tem alguém que vende e alguém que compra, é porque tem alguém que fornece. E é nesse princípio que deveríamos fazer para coibir tais atitudes. Sem fornecimento, sem venda, sem venda, sem compra, sem compra, sem consumo.
Simples não!!!!!
Pois fica aqui minha indignação.
Crack, um companheiro Infernal.
Dr. Clóvis Cortez de Almeida
Guarulhos, 14 de maio de 2013
Publicado originalmente em: (Clóvis Cortez de Almeida)
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