Por Prof. Rogério Neiva
Em primeiro lugar, para os aprovados na Primeira
Fase do Exame da OAB, meus parabéns! Neste post irei abordar algumas dicas
importantes para a preparação. Mas para os que não passaram, o recado é: não
desanimem! Compreendam alguns aspectos fundamentais, abaixo abordados.
Para os que não vão fazer a 2ª. Fase:
1. A reprovação é natural e faz
parte da trajetória de qualquer candidato de êxito. Não passar de primeira faz
parte das regras do jogo! Se isto ocorreu com você, saiba que esta é a lógica,
sendo que o fundamental são as atitudes para viabilizar a aprovação. O Exame da
OAB tem todo ano e três vezes ao ano.
2. Tente entender como foi seu
processo de preparação, se é que houve uma preparação planejada, sistematizada
e organizada. Você esgotou o estudo do conteúdo programático previsto no
edital? Se não, já há uma explicação para o resultado. Se esgotou, é preciso
refletir como foi a eficiência deste processo de estudo.
3. Monte um planejamento, a partir
de agora, da preparação para o próximo exame. Você tem no mínimo três meses
para se preparar. Comece agora!
4. O livro “Concursos Públicos e
Exames Oficiais: Preparação Estratégica, Eficiente e Racional”, publicado pela
Editora Atlas e de minha autoria, pode lhe ser bastante útil. Conta com 106
páginas e pode ser lido sem demandar muito tempo.
5. Boa preparação!
Para os que vão fazer a segunda fase:
Compreendam, primeiramente, que esta prova tem uma
lógica peculiar e bem diferente da primeira fase. Metade da pontuação atribuída
à prova corresponde à peça prático-profissional, ao passo que a outra metade
envolve as questões dissertativas.
Portanto, como se preparar para a peça prático
profissional? Algumas orientações fundamentais:
1. Identifique as possíveis peças da
sua área de concentração (Penal, Trabalhista, Tributário, Civil, Empresarial);
2. Verifique a estrutura e os
requisitos formais de cada uma destas peças;
3. Conforme o número de peças,
separe canetas marca-texto e post-it de cores diferentes;
4. Marque no código ou legislação
específica os dispositivos que correspondem aos requisitos de cada peça,
colocando o post-it na página do dispositivo e sublinhando com a caneta marca
texto o mesmo dispositivo. Esta atitude é para que se lembre dos dispositivos
durante os exercícios, bem como no momento da prova. Exemplo: petição inicial,
marcar o art. 282 (requisitos) e 39, I (endereço do advogado) do CPC;
contestação, marcar o art. 301 (preliminares) e art. 219 (prescrição) do CPC.
5. Estando ciente da estrutura da
peça, bem como com os dispositivos marcados, faça exercícios.
6. É fundamental exercitar a
elaboração de peças. Tenha o cuidado para mensurar o tempo de elaboração das
peças, estando com o relógio marcando o tempo, do início ao fim. Isto é
fundamental, de modo que você comece a dimensionar o tempo, verificando, por
exemplo, em quanto tempo faz uma preliminar de contestação, uma peça de
interposição de um recurso, um pedido de uma petição inicial…Esta noção
temporal será muito importante na hora da prova!
7. Se imponha como meta fazer ao
menos três exercícios de cada tipo de peça até o dia da prova. Você precisa
mecanizar a elaboração da peça, para que este procedimento esteja o mais
automatizado possível no momento da prova.
8. Portanto, faça exercícios!
O Direito Revisto – Jun/13
Publicado
originalmente em: Prof. Rogerio Neiva
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