Por Christiano Abreu Barbosa
Causou
perplexidade no meio jurídico a escolha feita por Cecília de Moura Barbosa
Lima. Ela ocupava o cargo de analista judiciário no Tribunal Regional Eleitoral
de Minas Gerais (TRE-MG) e passou em um concurso para juíza de direito no
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
Virar
juíza lhe deu hierarquia e vencimentos superiores a de uma analista, além de
possibilidades de crescimento dentro das instâncias jurídicas. Em 05 de abril
deste ano Cecília tomou posse como juíza no TJ-MG, em Belo Horizonte,
junto com outros 95 novos juízes. Antes, no mesmo dia, ela deixou o cargo de
analista judiciário na cidade mineira de Carmo da Mata.
No
dia 08 de abril a juíza Cecília de Moura foi designada para a Comarca de
Turmalina, no norte de Minas Gerais. Surpreendentemente, menos de 2 meses
depois, no dia 20 de junho, ela desistiu da magistratura, sonho de milhares de
estudantes de direito em todo o país, e solicitou sua recondução ao cargo de
analista judiciário, abrindo mão da concorrida vaga de juíza obtida em
concurso.
Pode
até ter pesado em sua decisão a distância, já que Turmalina fica a mais de 7
horas de carro de Carmo da Mata. Mas, decisões como esta mostram que o cargo de
juiz já não atrai como antes. No custo e benefício, computados salários,
benefícios, carga e volume de trabalho, responsabilidade e tempo dedicado, a
magistratura muitas vezes vem perdendo para várias carreiras jurídicas.
O Direito Revisto – Set/13
Publicado originalmente em: Folha da Manhã
Imagem: Reprodução Google
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