Você deixa tudo para a última hora? Saiba aqui como evitar que
essa atitude prejudique a sua qualidade de vida. Aproveite e avalie como anda
seu grau de procrastinação por meio de um teste
Por
Samantha Cerquetani – Revista Viva saúde
Quantas
vezes você adiou o que tinha para fazer? Saiba que isso não é apenas um
problema seu. Os brasileiros levam a fama de deixar sempre para a última hora
tarefas importantes. Aquele que deixou para fazer amanhã o que poderia ter
feito hoje talvez não saiba que essa atitude tão comum tem um nome:
procrastinação. E o significado é bem simples, a palavra vem do latim procrastinare, que
significa "encaminhar para amanhã".
Em
uma pesquisa realizada em 2011 pelo gestor do tempo Christian Barbosa, autor do
livro Equilíbrio e
resultado - Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer? (Editora
Sextante), 97,4% dos brasileiros admitem deixar atividades importantes para a
última hora. "A procrastinação é o ato de adiar tarefas e acontece na vida
de todo mundo. Nós procrastinamos ao acordar, quando apertamos o modo soneca do
despertador, quando ficamos com preguiça de lavar a louça do jantar ou quando
deixamos de responder àqueles e-mails chatos. Somos propensos a deixar quase
tudo para depois, mas eu diria que os assuntos pessoais são os que acabam sendo
os aspectos que mais adiamos em nossas vidas" afirma o especialista
Barbosa.
O
estudo também apontou quais são os principais
fatores que levam à procrastinação: falta de tempo, impulsividade (deixamos
algo de lado para fazer outra atividade), falta de energia, medos,
autossabotagem e preguiça.
Além disso, o ato de adiar pode estar relacionado à
busca pela perfeição, já que pessoas com essa característica tendem a preferir
tarefas desafiadoras e evitam as mais simples.
Assim
como muitos que estão lendo esta matéria, Cleuza Silva relata que deixa tudo
para última hora. Esse comportamento já foi prejudicial. "Fiquei mais de
um ano dirigindo sem carteira, só conduzindo perto de casa, e enrolo ao máximo
para marcar uma consulta médica. Por ser assim, fico frustrada, ansiosa, até
com raiva e decepcionada comigo", declara. Ela confessa que já tentou
mudar, mas se sente desanimada para prosseguir com seus objetivos. "Já
perdi oportunidades, fiquei com dívidas, pois atrasava contas. Hoje tento ser
mais organizada para combater esse mal, mas é bem difícil", diz.
O limite da normalidade
Não há nada de errado em procrastinar de vez em quando, o problema é sempre adiar atividades que não poderiam ser deixadas para depois. Além disso, surge a culpa, a ansiedade, a baixa autoestima e a insegurança. "Alguns estudos indicam que procrastinadores são pessoas propensas à depressão. Adiar de vez em quando não mata ninguém, mas fazê-lo a toda hora pode atrasar uma vida com resultados e equilíbrio", afirma.
Não há nada de errado em procrastinar de vez em quando, o problema é sempre adiar atividades que não poderiam ser deixadas para depois. Além disso, surge a culpa, a ansiedade, a baixa autoestima e a insegurança. "Alguns estudos indicam que procrastinadores são pessoas propensas à depressão. Adiar de vez em quando não mata ninguém, mas fazê-lo a toda hora pode atrasar uma vida com resultados e equilíbrio", afirma.
A
procrastinação não depende diretamente da dimensão ou do teor da tarefa, da
importância da decisão ou da ação a ser realizada. Quem
procrastina posterga desde tarefas banais até compromissos importantes.
Para André Gellis, diretor do Centro de Psicologia Aplicada da Universidade
Estadual Paulista (Unesp), há um forte medo do fracasso e de errar por trás da
procrastinação. "Os procrastinadores sentem prazer em deixar tudo para o
último momento. Apesar da ansiedade, do mal-estar e da culpa associada,
obtém-se um ganho sinistro, uma satisfação inexplicável por essa atitude",
finaliza Gellis.
O
Direito Revisto – Mar/14
Publicado
originalmente em: Viva Saúde
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