quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Livro mostra como tatuagens de presos contam histórico criminoso



Perito da Polícia Científica do Paraná catalogou mil tatuagens de presos.
Desenho está ligado ao delito cometido e estabelece hierarquia do crime.

Por  Bibiana Dionísio Do G1 PR 

Tatuagens feitas em presos têm relação com os crimes que eles cometem (Foto:   Divulgação/SESP)

As tatuagens nos corpos dos detentos das unidades prisionais revelam o histórico criminoso de cada um e estabelece qual será a hierarquia dentro da prisão. Feitas precariamente dentro das penitenciárias, elas são grosseiras e revelam o crime cometido, o número de vítimas e, assim como um DNA, diz quem é quem. É o que explica o perito da Polícia Científica do Paraná Jorge Luíz Werzbitzki que há dez anos estuda a comunicação entre os presos dentro do sistema carcerário do estado.

É uma relação de poder, estipulada a partir da tatuagem, que cria uma hierarquia para saber quem manda e quem obedece, inclusive, fora da cadeia. “A coisa funciona assim: ninguém numa cadeia pode ser mais do que é. Ao contrário da nossa sociedade que a pessoa compra um carro zero e mora em uma meia-água. 

Se você modificar escondido essa tatuagem e eles descobrirem, é capaz de arranquem com bisturi, com gilete, com estilete, se não te matarem”, diz Werzbitzki.


O Direito Revisto – Jan/15
Publicado originalmente em: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário