Por Elis Pena
Mente e corpo sozinhos não
podem ser considerados as únicas forças capazes de conduzir a vida do
indivíduo. As restrições que cada ser encontra no percurso da existência geram
um turbilhão de sentimentos controversos, que ditam normas universais para as
condutas humanas. O ser humano é um universo em desenvolvimento e limitado
dentro deste contexto. Sendo assim,
expressa em suas ações uma busca constante de aprendizado, experiências que
frutificam ou não, manifestando-se em sentimentos como a frustração, inveja,
ódio, mágoa, rancor, amor, felicidade, alegria, emoção, paixão.
No dizer de Milton Augusto
Moojen Júnior, a emoção seria um estado afetivo que interpreta a situação que o
indivíduo vive, de forma perturbadora e violenta, alterando seu equilíbrio
psíquico. É um estado de curta duração, mas que possui intensidade.
Conforme Paulo
Dalgalarrondo, as emoções são:
(...)
reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos
significativos. É um estado afetivo intenso, de curta duração, originando-se,
geralmente, como uma reação do indivíduo a certas excitações internas ou
externas, conscientes ou inconscientes. Com o humor, as emoções acompanham-se
frequentemente de reações somáticas (neurovegetativas, motoras, hormonais,
viscerais e vasomotoras), mais ou menos específicas. São experiências psíquicas
e somáticas ao mesmo tempo, revelam sempre a unidade psicossomática básica do
ser humano. E citando Mira y López, acrescenta ser a emoção uma alteração
global da dinâmica pessoal, um movimento emergente, uma tempestade anímica, que
desconcerta, comove e perturba o instável equilíbrio existencial.
Para Nelson Hungria, a emoção é um estado de ânimo
ou de consciência que se caracteriza por uma excitação viva do sentimento, que
perturba por ser muito forte, mas transitória e onde estão ligadas as variações
somáticas da vida do ser humano.
Segundo Henry Clay Lindgren, a emoção se caracteriza por um afastamento do equilíbrio
de cada indivíduo que, pode ser gerado pelo meio em que vive através de um
estímulo externo, é “estado complexo de sentimentos, acompanhado por
características do comportamento e por atividades viscerais”.
Ainda,
segundo o autor, as emoções como medo, raiva e alegria são estados de
desequilíbrio, tensão ou excitação, que se originam da interpretação que cada
indivíduo faz da situação que o circunda.
Nelson
Hungria comenta que:
Emoção é
um estado de ânimo ou de consciência caracterizado por uma viva excitação do
sentimento. É uma forte e transitória perturbação da afetividade, a que estão
ligadas certas variações somáticas ou modificações particulares das funções da
vida orgânica (pulsar precipito do coração, alterações térmicas, aumento da
irrigação cerebral, aceleração do ritmo respiratório, alterações vasomotoras,
intensa palidez ou intenso rubor, tremores, fenômenos musculares, alteração das
secreções, suor, lágrimas, etc.).
[...]
a emoção
procederia diretamente da percepção de um tal ou qual objeto e, em seguida, o
estado subjetivo emocional exprimir-se-ia no corpo, determinando modificações
orgânicas.
Conforme
entende o autor, a emoção permeia o corpo físico do indivíduo provocando uma
série de alterações que são perceptíveis aos olhos dos outros indivíduos. A
emoção seria uma descarga nervosa que acontece
de forma súbita e arrebata a pessoa.
A
emoção, para Leon Rabinowicz, caracteriza-se por uma reação repentina dos instintos
(alegria, medo, raiva, ternura, piedade, compaixão, etc), através das nossas
experiência acondicionadas no subconsciente. Mas, para que se possa identificar
um estado emocional, o sentimento precisa ser breve, porém intenso.
Revendo Direito - Fev/13
Acervo pessoal da autora
Imagem: Google
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