terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A emoção na conduta humana


Por Elis Pena
 
Mente e corpo sozinhos não podem ser considerados as únicas forças capazes de conduzir a vida do indivíduo. As restrições que cada ser encontra no percurso da existência geram um turbilhão de sentimentos controversos, que ditam normas universais para as condutas humanas. O ser humano é um universo em desenvolvimento e limitado dentro deste contexto.  Sendo assim, expressa em suas ações uma busca constante de aprendizado, experiências que frutificam ou não, manifestando-se em sentimentos como a frustração, inveja, ódio, mágoa, rancor, amor, felicidade, alegria, emoção, paixão.
    No dizer de Milton Augusto Moojen Júnior, a emoção seria um estado afetivo que interpreta a situação que o indivíduo vive, de forma perturbadora e violenta, alterando seu equilíbrio psíquico. É um estado de curta duração, mas que possui intensidade.
     Conforme Paulo Dalgalarrondo, as emoções são:

(...) reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos. É um estado afetivo intenso, de curta duração, originando-se, geralmente, como uma reação do indivíduo a certas excitações internas ou externas, conscientes ou inconscientes. Com o humor, as emoções acompanham-se frequentemente de reações somáticas (neurovegetativas, motoras, hormonais, viscerais e vasomotoras), mais ou menos específicas. São experiências psíquicas e somáticas ao mesmo tempo, revelam sempre a unidade psicossomática básica do ser humano. E citando Mira y López, acrescenta ser a emoção uma alteração global da dinâmica pessoal, um movimento emergente, uma tempestade anímica, que desconcerta, comove e perturba o instável equilíbrio existencial.

                Para Nelson Hungria, a emoção é um estado de ânimo ou de consciência que se caracteriza por uma excitação viva do sentimento, que perturba por ser muito forte, mas transitória e onde estão ligadas as variações somáticas da vida do ser humano.
            Segundo Henry Clay Lindgren, a emoção se caracteriza por um afastamento do equilíbrio de cada indivíduo que, pode ser gerado pelo meio em que vive através de um estímulo externo, é “estado complexo de sentimentos, acompanhado por características do comportamento e por atividades viscerais”.
            Ainda, segundo o autor, as emoções como medo, raiva e alegria são estados de desequilíbrio, tensão ou excitação, que se originam da interpretação que cada indivíduo faz da situação que o circunda.
            Nelson Hungria comenta que:

Emoção é um estado de ânimo ou de consciência caracterizado por uma viva excitação do sentimento. É uma forte e transitória perturbação da afetividade, a que estão ligadas certas variações somáticas ou modificações particulares das funções da vida orgânica (pulsar precipito do coração, alterações térmicas, aumento da irrigação cerebral, aceleração do ritmo respiratório, alterações vasomotoras, intensa palidez ou intenso rubor, tremores, fenômenos musculares, alteração das secreções, suor, lágrimas, etc.).
[...]
a emoção procederia diretamente da percepção de um tal ou qual objeto e, em seguida, o estado subjetivo emocional exprimir-se-ia no corpo, determinando modificações orgânicas.

            Conforme entende o autor, a emoção permeia o corpo físico do indivíduo provocando uma série de alterações que são perceptíveis aos olhos dos outros indivíduos. A emoção seria uma descarga nervosa que acontece  de forma súbita e arrebata a pessoa.
            A emoção, para Leon Rabinowicz, caracteriza-se por uma reação repentina dos instintos (alegria, medo, raiva, ternura, piedade, compaixão, etc), através das nossas experiência acondicionadas no subconsciente. Mas, para que se possa identificar um estado emocional, o sentimento precisa ser breve, porém intenso.

Revendo Direito - Fev/13
Acervo pessoal da autora
Imagem: Google  

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